Tu tiraste dos meus olhos a tua presença, da minha pele o teu toque...
Sendo implantado em mim o desamor, e cada vez mais continua impregnado
essa dor, é evidente que ainda existe em mim a vida. Continua exacta, e
protegida como uma fonte, de água transparente e fresca, da qual várias
vezes a tua sede matou, localizada num deserto intransitável, mas tu
sabes bem o atalho. De nada minha alma estarás agora a valer, da mesma
forma como água da nascente a escorrer, contaminada ninguém pode beber.
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