quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Gentilmente carregava lata d'água na cabeça e assim o fizera quase todos os dias até moldar os passos, pois o poço não nasceu ali...
E debaixo dos pés algumas gotas saltavam da lata durante todo o trajecto e não a faziam falta, nem sequer...

notava e com a anca molhada um rasto de pingos fundem-se entre suor e água, talvez pudesse ser lágrimas mas choro e nenhum suspiro não se ouvia.
Elegância invejável a qualquer rainha, e quem pudesse ver a sombra de fato até se confundia a lata d'água com uma imponente coroa imperial, a Nerfetiti do nosso tempo e sem em contar com os filhos que as tinha trazido ao mundo, pois mesmo que um deles lhe faltasse não havia tempo para chorar...
O equilíbrio é essencial mas nem toda via se poderia contar porque é uma faca de dois gumos, nesse caso entra a concentração e fazia-se substancial na caminhada; e ate hoje consigo imaginar o que vai nas cabeças dessas mulheres além da lata d'água. Evito falar mais, posso ser mal interpretado...
Nos tempos actuais é concreto
as lágrimas se fazem quando rasto de suor e agua se desfazem.


By Tecco Ribeiro.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Então, nada a declarar?